Agricultura e economia

Por em 7 de Junho de 2024

A Associação Nacional dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) congratula-se com o facto de o Governo estar não apenas a cumprir o seu programa, como por ter demonstrado “um enorme empenho no reforço do papel que efetivamente este ministério [da Agricultura] tem para a economia e para o desenvolvimento dos territórios rurais”.

Em comunicado distribuído esta quinta-feira, a AJAP salienta “o desrespeito do anterior Governo pela atividade e pelos agricultores”, para elogiar logo a seguir o facto de, já com o executivo de Luís Montenegro, se terem voltado a incluir as áreas das Florestas e do Desenvolvimento Rural no atual ministério da Agricultura. Recorde-se que as Florestas tinham sido colocadas na tutela do Ambiente no último Governo de António Costa.

A AJAP, presidida por Henrique Silvestre Ferreira, acusa ainda o anterior executivo, em que o ministério da Agricultura foi liderado por Maria do Céu Antunes, de ter cometido erros e autênticos “atentados” no que respeita à gestão das chamadas ‘medidas agroambientais’, assim como por ter gerado “confusões na separação entre o 1ª e 2º Pilar do PEPAC (Plano Estratégico da Política Agrícola Comum para Portugal), deixando um buraco financeiro na ‘Produção Integrada’ e na ‘Agricultura Biológica’”.

Por outro lado, a organização dos jovens agricultores congratula-se, agora, pelo facto de o Governo e o ministério da Agricultura, tutelado por José Manuel Fernandes estar a “olhar de frente os problemas da falta de água, da necessidade de reter mais água para a atividade, de combater o seu desperdício e aumentar a eficiência na sua utilização”.

No comunicado agora divulgado, a AJAP diz que “o Governo e o senhor ministro José Manuel Fernandes estão de parabéns, alguns destes problemas foram desde já assumidos, em estudo e em resolução está também a urgência na redefinição de políticas da água, e relativamente à instalação e acompanhamento técnico aos jovens agricultores, existe igualmente por parte do Governo uma enorme vontade em colocar na agenda quotidiana este assunto”.

A AJAP refere ainda que “as Direções Regionais de Agricultura são dos Agricultores e do Ministério da Agricultura, e de lá nunca deviam ter saído”, numa critica direta à transferência destas estruturas regionais pelo governo de António Costa para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

Aquela organização apela ainda para que seja feita justiça ao sector, aos agricultores e ao Ministério da Agricultura: “revertam o que o anterior Governo teve a ousadia de concretizar às cegas, pois não ouviu quem devia”. A AJAP pede também ao primeiro-ministro, e ao ministro da Agricultura, que cumpram – nesta matéria – o que foi assumido perante uma plateia de agricultores e dirigentes associativos, em Santarém no dia 18 de fevereiro, em pré-campanha, “e está expresso no vosso manifesto eleitoral”.

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