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FEA promove conferência sobre a vida, a fortuna e o legado de José Maria Eugénio de Almeida

A Fundação Eugénio de Almeida organiza, no próximo dia 30 de abril, pelas 18h00, no Paço dos Condes de Basto, a conferência José Maria Eugénio de Almeida: vida, fortuna e legado.
A iniciativa, que integra o programa comemorativo do cinquentenário da Instituição e do centésimo aniversário do seu Fundador, propõe uma viagem pelo percurso pessoal e profissional de um dos membros mais destacados da elite económica, social e política do séc. XIX em Portugal, mas também às origens da família Eugénio de Almeida.
A par da relevante intervenção pública que protagonizou como Deputado, Par do Reino, Conselheiro de Estado e Provedor da Casa Pia de Lisboa – onde operou uma profunda reforma do programa de estudos -, José Maria Eugénio de Almeida (1811-1872) foi também responsável pela acumulação de um vasto património cujo valor o colocou entre as personalidades mais abastadas do país e que, um século depois, serviu de base à ação mecenática e filantrópica levada a efeito pelo bisneto, Vasco Maria Eugénio de Almeida, a quem se ficou a dever, em 1963, a criação da Fundação Eugénio de Almeida, justamente em homenagem do seu legado familiar.
A conferência será proferida por José Miguel Sardica, Doutor em Ciências Históricas pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, especialista em História Contemporânea e autor da biografia de José Maria Eugénio de Almeida.
José Maria Eugénio de Almeida
Nascido em 1811, José Maria Eugénio de Almeida realizou os seus primeiros estudos na escola de S. Vicente de Fora, em Lisboa. Em 1834 matriculou-se em Direito, na Universidade de Coimbra, curso que concluiu em 1839 com distinção. Dos tempos de Coimbra conservou para a vida várias amizades, uma delas com José Maria Almeida Teixeira de Queirós, pai de Eça de Queirós.
No mesmo ano em que concluiu o curso, José Maria Eugénio de Almeida candidata-se à regência da cadeira de Economia Política, Direito Administrativo e Comercial da Escola Politécnica de Lisboa. Apesar do brilhantismo das provas prestadas para o efeito, assinalado na imprensa da época e na correspondência existente no arquivo da família, a cadeira foi atribuída ao seu oponente, José Estêvão Coelho de Magalhães, que passou para a história como o melhor orador do parlamento português do séc. XIX.
Não se sabe o que teria acontecido se José Maria Eugénio de Almeida tivesse seguido a carreira académica, mas o revés poderá ter contribuído para o lançar de forma decisiva no universo dos negócios onde teve oportunidade de se aplicar ao estudo dos diferentes assuntos e atividades em que se envolveu, instruindo assim a sua vocação de homem empreendedor. Na biografia que escreveu sobre José Maria Eugénio de Almeida, José Miguel Sardica afirma que “ninguém o ensinou a ser assim, na medida em que não há métodos preestabelecidos para se chegar a milionário. (…) Na história empresarial e económica de Eugénio de Almeida houve (…) um misto de capacidade pessoal, de engodo pelo trabalho, de intuição de vantagens futuras, de antecipação de contrariedades, de sorte, de acaso e de saber de experiências feito. Foi com tudo isto que ele montou e consolidou o seu sistema: uma administração geral de negócios segura, com clareza nas contas, regularidade na contabilidade, prontidão no cumprimento das ordens, escrupulosa parcimónia, bons contactos, minuciosa recolha de informação precedendo e (in)formando tomadas de decisão estratégicas, e agilidade na circulação de fundos entre sectores. Tudo isto consta dos melhores e mais atualizados manuais de economia e gestão dos dias de hoje”.
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