- Ciclo de Inverno
- Movimento associativo – Boas Festas!!
- PS anunciou candidatos do distrito de Évora às autárquicas 2025
- Francisco Figueira recandidato à Distrital
- Teatro Garcia de Resende com mais de 70 espetáculos para 2025
- Um orçamento para as pessoas!
- Amareleja recebe 21ª edição da Feira da Vinha e do Vinho
- OE propostas AD
- António Rosado em concerto
- Universidade de Évora formaliza adesão a Rede de Arquivos
21 de Fevereiro

Dia 21 de Fevereiro de 2012 ficará como um marco na história da luta sindical deste país.
Assistimos à maior Greve Geral desde o 25 de Abril. Passos Coelho o grande sindicalista, conseguiu com a sua coragem, a sua visão, o seu esforço, criar a sinergia necessária, para fazer frente ao governo de direita liderado pelo ultra-liberal Passos Coelho.
O país parou. Apenas os serviços mínimos funcionaram. Função Pública, Comércio, Serviços, Primário, tudo parou.
Mais do que parar, os Portugueses saíram à rua e manifestaram-se, e não foi uma manifestação costumeira, a acontecer apenas nos grandes centros urbanos, longe disso. De Loulé a Espinho, de Torres Vedras a Ovar, do Funchal a Sesimbra, as ruas encheram-se de Portugueses que transformaram a luta numa festa, que fizeram deste dia o início da recusa ao austeritarismo cego deste governo.
Foram manifestações ordeiras e pela primeira vez, as forças policiais, em lugar de reprimirem o povo, limitaram-se a zelar pela segurança dos cidadãos.
De tal monta andou o protesto, que nem sequer, (pelo menos até ao momento em que escrevo esta crónica) o governo ou as confederações patronais, tiveram ânimo para refutar os números apresentados pela comunicação social, que apontam para uma paralisação superior aos noventa por cento.
Há quem diga que Passos, o sindicalista, não existe. Que tudo não passou de mais um dos muitos erros que Coelho, o Primeiro-Ministro assiduamente comete. É certo que Passos Coelho e o seu executivo representam o paradigma da incompetência, sem rasgo, sem coragem, nem imaginação, que se limitam a pegar nas imposições dos credores e a ampliá-las e que, na sua deriva para o abismo, sentem uma incontrolável urgência de afirmar a sua autoridade, de imporem em bicos de pés a sua lógica de capatazes.
Mas não acredito nisso! Uma medida tão descabida, seria um enxovalho demasiado grande, até mesmo para um gabinete que conta nas suas fileiras com homens do calibre de Vítor Gaspar ou Álvaro Santos Pereira ou Nuno Crato ou até mesmo o próprio Passos Coelho. Talvez se trate de um conselho envenenado do Presidente da República, ele próprio avesso a manifestações carnavalescas como se sabe… Só que isso seria demasiado elaborado para espírito tão simples.
Ninguém me tira da cabeça que tudo isto foi obra do sindicalista, abafado há muito no âmago do nosso primeiro. Uma vocação tardia, quem sabe?
Um sucesso tão grande para as hostes dos trabalhadores, não representa apenas um tiro no pé deste governo de direita, é mais do que isso, é uma certidão de óbito.
Nem Passos nem Coelho seriam tão ineptos para fazer uma cavaquice destas.
Julgo eu…
0 comentários