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As Contradições da “Geringonça

De vez em quando é preciso recuar um pouco no tempo, não muito, para apanhar as contradições dos partidos da esquerda portuguesa. Essas contradições são bem evidentes no PS, BE e PCP.
Em 2013, ano de eleições autárquicas, tivemos uma enorme berraria sobre o eventual encerramento das repartições de finanças. Curiosamente, a mesma berraria voltou um pouco antes das eleições para o parlamento europeu em 2014. Mas o mais curioso é que os supostos encerramentos foram inscritos pelo PS no Memorando de Entendimento que assinou com a Troika. Em termos práticos, apesar do PS ter inscrito no Memorando com a Troika o encerramento de 50% dos serviços das repartições de finanças, o governo anterior PSD/CDS não encerrou nenhum destes serviços. E sobre esta matéria não há outra verdade.
Muitas foram as berrarias em diversas áreas. Em torno destas matérias e de outras, as esquerdas (das mais radicais às mais moderadas) conseguiram ao longo do tempo criar um “apagão” sobre a governação do PS de José Sócrates, dando a entender que não foram eles quem levou o país à bancarrota e consequentemente à assinatura do referido memorando, obrigando Portugal e os portugueses sujeitarem-se a uma gigantesca humilhação internacional. Esta humilhação sujeitou uma nação completa a ir de mão estendida às entidades internacionais procurar financiamento para os desastres que governantes e elites irresponsáveis criaram em tão pouco tempo.
Mas uma coisa é certa, alguém conseguiu retirar a Troika e recuperar a credibilidade de Portugal. Alguém conseguiu recuperar Portugal para um caminho de crescimento, de criação de riqueza e de geração de emprego. Ténue, é verdade, mas lá foi acontecendo!
Agora, é a mesma esquerda que se silencia quando sai a Portaria n.º 147/2016, de 19 de maio de 2016, quando se encontra em processo de consulta pública, até 30 de Junho de 2016, entre outras, a Rede de Referenciação Hospitalar em Saúde Materna, da Criança e do Adolescente.
A eventual aprovação da referida Rede terá como consequência que a região do Alentejo deixará de ter uma unidade de neonatologia com cuidados intensivos neonatais. Com a nova proposta, todos os recém-nascidos com idade inferior a 32 semanas deverão ser transferidos para Lisboa, sendo o Alentejo a única região do País a ficar sem unidade de apoio perinatal diferenciado.
É a mesma esquerda que, a nível nacional, desvaloriza e suaviza informações sobre importantes alterações que o Governo está a preparar ao nível da Caixa Geral de Depósitos, designadamente, a realização de uma injeção de dinheiro dos contribuintes em montante igual ou superior a € 4.000.000.000 (quatro mil milhões de euros), a negociação com as instituições europeias de um novo plano de reestruturação do banco com fortes medidas sobre a sua operação, ativos e trabalhadores e, ainda, alterações no modelo de governação do banco e na composição dos órgãos societários, sem que os portugueses tenham verdadeiro conhecimento do que se está a passar.
Imaginem a berraria que seria se isto tudo se estivesse a passar num governo liderado pelo PSD.
Mas mais grave, numa fase em que os contribuintes vão ter que pagar os devaneios da má gestão da coisa pública, é o mesmo Governo das esquerdas quem liberta o teto dos salários dos gestores da CGD. Curiosamente, é este “simpático” Governo das esquerdas quem vai aumentar generosamente os gestores públicos, e aumenta miseravelmente (em alguns cêntimos) as pensões dos mais frágeis.
Também quando se fala de uma Comissão de Inquérito sobre o que se passou na CGD, são as esquerdas a fechar de imediato este dossier. Será que os portugueses não vão perder a paciência com tamanhas contradições?
É a mesma esquerda que se cala quando o Primeiro-ministro, António Costa, refere que o ensino do português em França é oportunidade para os professores, estando precisamente a incentivar, de uma forma subliminar, à emigração.
Se fosse o líder do PSD a proferir tais afirmações, todos sabemos qual o tamanho da berraria e a quantidade de títulos jornalísticos que teríamos.
É mais do que evidente, o PS tem procurado realizar, através da sua máquina de propaganda, o maior apagão de que há história, escondendo definitivamente a vergonhosa governação que tiveram entre 2005 e 2011. Mas não menos importante, são as extremas-esquerdas e as esquerdas radicais portuguesas a ”ajudar na festa”, regenerando o maior descalabro político e económico que existiu em Portugal.
São muitas as contradições bem à frente dos nossos olhos.
De facto, dá vontade de ir para a rua gritar!
António Costa da Silva – Deputado PSD
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