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Cidade integradora

Há uma cidade que ocupa um espaço e dentro desse espaço, habitam múltiplas cidades, várias formas de ver e sentir e entender o mundo.
São essas cidades que coabitando, dão corpo e sentido à cidade território. Ouvi alguém que prezo, dizer que a polis é como um guarda chuva matricial, algo que confere proteção aos seus habitantes, um espaço identitário que se sobrepõe às diferenças e proporciona segurança. Vejo-a mais como um velho sobretudo que ganha os contornos do corpo que cobre, pelo uso, pela utilização, pela dinâmica do uso.
Gosto da ideia de cidade integradora, de um espaço de acolhimento, onde todas as diferenças desaguam e interagem.
Acreditando, como acredito, na premissa da cidade continente de infindas cidades, se calhar tantas, quantos os seus habitantes. Gosto de idealizar um espaço que funcione como um esperanto, uma língua comum a diferentes expressões, um ponto de encontro.
Para que tal seja possível, é necessário que o poder político, qualquer que seja, assuma uma gestão transparente, em que as pessoas sejam informadas, em que os cidadãos sejam chamados a participar de forma ativa na discussão dos rumos que a cidade toma.
Transparência gera confiança e participação e, agora que os recursos são cada vez mais escassos, é bom que a população tenha conhecimento do que passa nos gabinetes, é bom que seja chamada a participar e a coresponsabilizar-se pelos escolhas políticas.
Não existe uma cidade integradora, com um poder autista, não existe uma cidade sem cidadãos participantes na vida pública.
Tomemos por exemplo a oferta turística de Évora. Se a cidade não se virar para os seus habitantes, se não investir na qualidade de vida dos seus habitantes, se não exigir dos seus habitantes uma participação activa, na vida cultural, económica, da cidade, se esta não for viva… o que nos distinguirá de Conimbriga, ou do jardim zoológico, em que chegam bandos de turistas que tiram fotografias e correm de ruina em ruina e se vão embora… até porque as pedras veem-se e, estão vistas. As cidades não…
É importante a discussão aberta a todos sobre a cidade que pretendemos para nós e para os nossos filhos, aqueles que não emigrarem claro está.
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