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Desejos de um optimista
Uma mudança de ano é um marco simbólico. Deveria facilitar decisões de mudança…de atitudes de comportamentos, de formas de estar na vida. De ambições e de projectos…as chamadas decisões de ano-novo que quase todos fazemos e, depois, tentamos cumprir com mais ou menos sucesso. É também o tempo das expectativas virem ao de cima, mais altas para os optimistas, mais baixas para os pessimistas.
Olhando para a realidade portuguesa, vejo sempre muita coisa recorrente e repetida, ou não fossemos nós, neste rectângulo, um pouco avessos à mudança. Argumentos, análises políticas, especulação e poucos factos…daqueles factos reais, que marcam pela sua importância.
Como optimista assumido que sou, vou aqui elencar um conjunto de desejos e expectativas que, julgo, fariam de 2013 um ano simpático para todos nós.
Gostaria de ver, nos próximos 12 meses, um governo ainda mais corajoso, que corte a direito naquilo que é essencial, doa a quem doer, para que possamos livrar-nos do lastro do passado e preparar, finalmente, as estratégias para o futuro. Como já percebemos que vai doer, quanto mais rápido e definitivo, melhor. Gostaria de ver uma oposição construtiva, que faça o seu papel, apresentando alternativas reais ao rumo de governação oficial. Se tal não for possível, pelo menos que se torne mais culta e instruída em termos económico-financeiros e compreenda uma vez por todas que não se pode impor o crescimento por decreto…é pena, mas é verdade.
Gostaria que as muitas corporações de interesses que ainda beneficiam deste pseudo-Estado-Social, em sectores como a saúde, educação ou justiça, sejam colocadas no seu devido lugar – dentro daquilo que são as regras e as práticas de um Estado de Direito. É altura de dar prioridade aos utentes-clientes, a verdadeira razão de ser do sistema.
Gostaria que o Tribunal Constitucional se comporte mais como garante dos direitos fundamentais e menos como agente de opinião política, especialmente quando essa opinião é vinculativa e faz estragos.
Gostaria que todos os empresários portugueses compreendessem que existem alternativas à dependência clientelar do Estado e que ajam em conformidade…Há um mundo inteiro de compradores lá fora e a cooperação, com vista a economias de escala, é a solução para os problemas de muitos sectores económicos.
Gostaria que a maioria dos sindicatos da nossa praça se comportasse como se estivesse em 2013 e não em 1974, mas provavelmente isto já será pedir demais.
Gostaria que o Banco de Portugal aprimorasse os seus meios de supervisão, de modo a garantirmos que não teremos outro BPN, que tão caro nos está a custar.
Gostaria, enfim, de ver discutidas ao mais alto nível, estratégias para Portugal, em vez da intriga partidária e do pormenor jurídico.
Se não for pedir demais, seriam estas as expectativas de um assumido optimista.
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