Educação – Da paixão à desilusão
Sabemos que a pandemia causou, entre muitos outros, danos no percurso de aprendizagem dos alunos e que até hoje, tais dificuldades não foram supridas. Pelo menos na sua totalidade.
Sabemos que os professores e toda a comunidade educativa fizeram um esforço homérico de adaptação às circunstâncias impostas pelo isolamento, e foi por esse empenho coletivo que se obteve a normalidade possível.
Sabemos que precisamos de um plano para recuperar o tempo e o conhecimento perdidos.
O governo também sabia. Mas agora não!
Em 2021, quando anunciou com pompa e circunstância, em Conselho de Ministros, o Plano 21|23 Escola +, plano integrado para a recuperação das aprendizagens, o governo garantiu que “ninguém fica para trás”…porque tinha na mira fundos comunitários que lhe permitiram avançar.
Chegados a 23, o governo também sabe que o Plano falhou e é preciso continuar o esforço para a recuperação das aprendizagens. O governo prolonga o Plano, ao nível temporal, mas retira meios e financiamento! Não estando contemplado o reforço do crédito horário das escolas, o governo tomou a opção política de retirar cerca de 3300 horários ao plano de recuperação das aprendizagens na inexistência da continuidade dos apoios comunitários diminuindo, assim, o reforço do crédito horário das escolas. Donde se concluí que só houve Plano, inicialmente, porque era garantido por dinheiro extra ao Orçamento de Estado. Donde se concluí, ainda, se dúvidas houvesse, que a Educação não é um prioridade para o PS que tem desgovernado o país.
Mas faz sentido. A esquerda prefere a população pouco informada, pouco crítica e conformada. Basta enviar uma carta-cheque quando a situação fica um pouco mais tensa, ou aumentar salários e roubar o aumento nos impostos indiretos.
Para manter o status quo, a receita da esquerda é simples. Investir na educação… é perigoso. É tão perigoso que António Costa se dá ao luxo de abrir a bolsa para todos, e lembro-me dos médicos que por aí virão, mas deixa os professores à espera da recuperação do tempo de serviço… indefinidamente, numa demonstração máscula de prepotência e sobranceria.
Noutros tempos, a educação era uma paixão. Agora é uma desilusão!
Qual elevador social…
A falta de investimento como opção política na educação, na escola pública, na requalificação das escolas e na recuperação das aprendizagens revelam que a Educação não é prioridade para este governo e é por isso que o PSD exige ao governo que mantenha as verbas para os créditos horários no âmbito do Plano de Recuperação das Aprendizagens, já que encaixou verba extraordinária na recolha de impostos.
E Educação não é prioridade, tal como não é a saúde, a justiça, a habitação, a agricultura, o mar, as forças de segurança, a defesa nacional e por aí fora.
Neste governo não há prioridades.
A única preocupação deste governo socialista é manter-se no poder.
0 comentários