- Ciclo de Inverno
- Movimento associativo – Boas Festas!!
- PS anunciou candidatos do distrito de Évora às autárquicas 2025
- Francisco Figueira recandidato à Distrital
- Teatro Garcia de Resende com mais de 70 espetáculos para 2025
- Um orçamento para as pessoas!
- Amareleja recebe 21ª edição da Feira da Vinha e do Vinho
- OE propostas AD
- António Rosado em concerto
- Universidade de Évora formaliza adesão a Rede de Arquivos
Em defesa do novo Hospital Central de Évora

Num momento de crise económica e financeira muitos acharão natural que o Ministro da Saúde a invoque para que não se construam novos Hospitais. Naturalmente que aceitaremos essa decisão como medida de precaução e de evitar um aumento da capacidade instalada em cada região e no pais.
O Ministro da Saúde já anunciou que o Hospital de Todos os Santos em Lisboa deve avançar para substituir diversos equipamentos obsoletos. Recorde-se que a região de Lisboa e vale do Tejo é de todas as que apresenta uma sobre capacidade mais elevada e maiores custos de exploração.
No caso do Hospital de Évora o que está em causa é a substituição das actuais instalações por um novo equipamento adequado ao perfil de Hospital Central e de Urgência Polivalente que o mesmo deve desempenhar para toda a região Alentejo.
Em 2007 foi aprovado o Plano de Negócios onde se previa que em 2013 pudesse estar concluída esta infra-estrutura. Este plano previa a modernização de alguns serviços das actuais instalações e a criação de novos serviços, tais como a Radioterapia, a Ressonância Magnética, a Cardiologia de Intervenção, os laboratórios de Patologia Clínica e de Anatomia Patológica, a Unidade de Convalescença, a ampliação da Urgência, a concentração de Serviços, encerrando as desactualizadas instalações dos Canaviais para doentes crónicos de psiquiatria e da Rua Manuel de Olival onde funcionava o ambulatório de Psiquiatria.
Toda a intervenção foi realizada nas actuais instalações, em benefício da população, promovendo uma maior racionalização, um aumento da produção (mais consultas, mais cirurgias de ambulatório, menos urgências, menos listas de espera).
Este esforço permitiu que o Hospital merecesse lugar de destaque no contexto nacional pelo trabalho desenvolvido pelos seus profissionais e pelo compromisso assumido com o equilíbrio das suas contas.
O Hospital tem recursos humanos de excelência, na área médica, da enfermagem, dos técnicos e dos auxiliares, a quem todos muito devemos. Entre 2005 e 2009 foi possível transformar o nosso Hospital, com a consciência que se estava a trabalhar no limite da capacidade operacional das actuais instalações.
Já não é possível fazer mais nas actuais instalações e a sua continuidade representa um custo anual de exploração de cerca de 12,5 Milhões de Euros, em resultado da necessidade de duplicar serviços entre o edifício principal e o edifício do patrocínio (uma estrada Nacional separa estes dois edifícios), da falta de dimensão económica das enfermarias, da impossibilidade de implementar soluções logísticas mais eficientes em instalações que foram concebidas a partir de projectos do norte da Europa da década de 60 do século passado! Por estas razões, foi aprovado um Hospital de substituição.
O processo avançou e está em curso. Foi lançado concurso para projecto e o vencedor Arquitecto Souto Moura, tem trabalhado com a Administração do Hospital para que a empreitada possa ser lançada brevemente. Em nossa opinião este é um projecto que se paga a si próprio com as poupanças geradas em cada ano, pelas razões acima expostas, mas que pode contar com apoio de verbas comunitárias afectas à Região Alentejo.
O Estado não tem condições para transferir as verbas de Capital Social em falta, necessárias ao avanço do investimento, nem existem condições para vender património. Coo inicialmente previsto.
A única possibilidade de avançar é o recurso a verbas comunitárias existentes na Região. pelo que importa que as entidades locais e regionais se entendam para analisar este projecto, que é de facto o mais estruturante para a cidade e para a região.
Compete a todos os que trabalham no Hospital, à Universidade de Évora, que em muito pode beneficiar com este novo equipamento para o ensino das valências da área da Saúde, a todas as Câmaras Municipais do Distrito, à Comissão de Coordenação da Região Alentejo, aos Partidos Políticos, à imprensa, aos utentes e amigos do Hospital, para criar um movimento esclarecido de apoio a este investimento, que pode poupar recursos e, acima de tudo, melhorar a oferta dos cuidados de saúde para a toda a Região.
Não podemos aceitar que o Governo não esteja disponível para avaliar uma proposta que é vantajosa para todos. Recorde-se que a Câmara Municipal de Évora, realizou todos os trabalhos necessários para a instalação deste equipamento de Saúde e tem sido um parceiro desde a primeira hora para que o projecto se concretize. Agora não podemos ficar a meio caminho! Será que Évora está disposta para lutar por este equipamento? Eu estou!
0 comentários