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Luís Nunes dos Santos
Literacia económica em tempos de crise e de Propaganda
Portugal vive há demasiado tempo iludido no tempo, o tique da propaganda baixa do mundo cor-de-rosa e sem problemas capta demasiados portugueses e quando as dificuldades apertam há sempre quem se pergunte como é que chegamos até aqui.
Caro leitor, a verdade custa sempre mais que a mentira, porque carrega sempre uma carga piedosa e ao mesmo tempo a desinformação que é o verdadeiro objectivo da mentira. É aquele “quero, mando e posso” associado sempre à mesma camada de sociedade.
Por falar nisto, faz sentido 25 de Abril ser festejado como sempre foi numa situação de pandemia? Faz sentido metermos a irresponsabilidade de o fazermos na esfera ideológica? Acho que a resposta é não nas duas questões, porque é uma forma desonesta de colocar as questões.
Todos nós pugnamos pela liberdade que é a mãe de todas as causas importante, faz-me por isso muita confusão a irredutibilidade da oligarquia da III República não entender que é irresponsável e que dá um mau exemplo, mostrando assim o desfasamento entre a elite política e o resto do povo.
Na última semana assistimos a uma situação desprezível no espaço público, o Partido Socialista publicou uma imagem do mapa portugues onde assinalava o material que tinha dado em cada região. É preciso dizer isto, o Estado não é o Partido Socialista, o dinheiro é dos impostos que é dinheiro dos portugueses e é esse dinheiro que permitiu a distribuição dos bens necessários.
Este tipo de propaganda, aliada ao milhão para o tv fest sem critérios bem definidos, aos 15 milhões injectados na imprensa mostra que o caminho para o socialismo é um caminho errado. Este tipo de acções lembram-me a acção de campanha do governo de Costa ao inaugurar a ala pediátrica do Hospital de são joao em plena campanha. Tudo teatro socialista.
Mas há mais, pergunte caro leitor, como é que é possível Portugal estar tão vulnerável nesta situação? A resposta é que as mesmas pessoas que chamaram a troika e que faliram o país enquanto governo, que na oposição passaram a lenga lenga do “não pagamos”, são as mesmas pessoas que estão a governar Portugal nos últimos cinco anos. Lembra-se da “chapa ganha, chapa gasta”?
Andamos com a economia ao sabor do vento, estamos vulneráveis e cada vez mais dependentes de terceiros, vamos descobrir rápido que a austeridade não é uma opção ideológica como as forças socializantes tentaram impingir.
Portugal de António Costa é a cigarra do conto a cigarra e a formiga, e é pena, a anterior conjectura tinha sido benéfica para nós conseguirmos fazermos muitas reformas capazes de estruturar o Estado para fazer face a situações incomodas.
Os dados do FMI são desastrosos para Portugal, passamos da possibilidade de 0,2 de superavit para 7,1% de deficit, o choque do impacto da pandemia anda na ordem dos 14 mil milhões e para fazer face a isto a divida está prevista pelo mesmo órgão que bata nos 135% do PIB.
Temos que ir aos mercados buscar dinheiro, apesar do BCE contribuir para juros favoráveis o que é certo é vamos ficar a dever esse dinheiro.
Tenho receio de estarmos a criar no pós vírus uma sociedade portuguesa da mão estendida, é por isso que é sempre de desconfiar da conversa optimista irritante do primeiro-ministro, porque cheira sempre a mentira.Lembre-se de Winston Churchill, o socialismo é a distribuição igualitária das misérias, e para enfrentar a situação é preciso pragmatismo e não socialismo.
Posto isto, quero chamar atenção sobre a falta de literacia económica dos portugueses, um estudo do Global Literacy excellence centre (GFLEC) diz que Portugal está na cauda da Europa no que toca à literacia económica. Somente 26% dos adultos tem alguma. Acho que é preciso repensar algumas coisas no que toca ao nosso ensino, porque a educação é o nosso maior elevador social e as bases do nosso sistema de ensino tem que saber acompanhar as falhas da sociedade e acautelá-las.
Para terminar, João Miguel Tavares no último dia de Portugal disse: deem-nos algo em que acreditar”. Acho que esta situação pode ser um bom começo de um Portugal, mais transparente, melhor preparado para futuro e principalmente um Portugal mais instruído e capaz de debelar as dificuldades. Eu acredito em Portugal e acredito no Portugueses.
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