Portugal, um ano depois

Por em 2 de Julho de 2012

Há um ano Portugal assistiu à tomada de posse de um Governo PSD/CDS repleto de esperança, comvicto da bondade de um Programa Eleitoral que prometia não aumentar impostos, que cortaria as gorduras do estado, que não promeveria os seus “boys” e “girls”, que não cortaria os subsídios de natal e de férias aos funcionários públicos e aos pensionistas, que ajudaria as PME´s, que colocaria os fundos estruturais ao serviço das empresas, que procedia a importantes reformas estruturais, que faria da Agricultura a sua grande aposta promovendo o aumento da produção e, através do CDS, que em 7 anos garantia a nossa independência alimentar. Tudo seria simples, pois o PSD e o CDS tudo fizeram para que os Portugueses acreditassem que a crise económica e a situação de asfixia financeira que o País vivia e continua a viver era apenas um problema nacional e que a europa e o mundo pouco ou nada influenciava a situação de Portugal. Pois bem, ao fim de 1 ano de Governação o que temos? Temos a Administração Pública enxameda dos “boys” e “girls” do PSD e do CDS.

Agora foi a indicação de José Luis Arnault para a REN! Tudo como dantes, infelizmente para os Portugueses! Temos mais desemprego, temos mais dívida pública, temos mais impostos, temos mais falências de PME´s, temos menos acesso na saúde, como demonstra o Relatório da Primavera do Observatório Português e os próprios dados do estado, temos menos tribunais, temos menos educação pública e temos finalmente , vejam só, condições muito adversas da Europa e do mundo mais desenvolvido.

Temos a crise na Espanha, na Itália, temos a Europa e o Euro à beira do colapso. Mas afinal não era um problema exclusivamente de Portugal?? Quero deixar dois exemplos bem claros da demagogia e da capacidade que os Partidos da maioria têm para enganar os Portugueses.

Na Agricultura, emos uma ausência total de capacidade de Governação. Se fosse o Partido Socialista no Governo haveriam manifestações da CAP todos os dias. Nunca aconteceu que o estado ficasse a dever 20% das ajudas diretas, 100% comunitárias aos agricultores. Foram 120 Milhões de Euros que deveriam ter sido pagos até 31 de Dezembro de 2011 que ficaram em dívida.

Parece que vão ser pagos até 30 de Junho, 6 meses depois e todos ficaram calados! Acham normal? Estranho, para quem andava sempre com a convrsa dos pagamentos aos agricultores em todas as feiras. No PRODER, em 2012 apenas usaram metade das verbas disponíveis em orçamento.

Então agora já não é imporante esgotar os fundos apara apoio ao investimento? Todos calados! Como não temos um megafone nas feiras semanais, até parece que não existem problemas. E a farça das terras para os jovens agricultores? Pura ficção para jornalista urbano vêr! Quem conhece a nossa agrocultura e a história da propridade em Portugal sabem bem do que falamos. Com o Alqueva temos assistido a outro folhetim bem triste.

Felizmente que neste dossier o Primeiro-Ministro decidiu desautorizar a Ministra e fixar nova data para a conclusão do empreendomento, ainda que fortemente amputado.

Outro caso de demagogia que os partidos de Governo gostam de usar: o caso do novo Hospital Central de Évora. Por muito que digam, até 2005 não havia um Programa Funcional aprovado para o novo Hospital e o processo estava muito no seu início.

Tudo teve que ser feito do ponto de vista técnico, foi realizado o concurso para a Arquitectura do novo Hospital e das respectivas especialidades, agora trata-se de autorizar o concurso para empreitada do novo Hospital. Este Governo suspendeu tudo!

Apesar do maifesto benefício para a população, para os profisionais e para a redução da despesa que o novo Hospital permite obter. Esta infra-estrutura é fundamental para o Alentejo e não deve ser motivo de querela política e todas as forças políticas devem lutar para inverter esta decisão do Governo.

Pode ser que se convença o Primeiro-Ministro a desautrizar o Ministro da Saúde, a bem do Alentejo! Das reformas estruturais, bem vê-las e cito o insuspeito Miguel Cadilhe: “quando for feita uma reforma estrutural, tirarei o chapéu”! Está tudo dito! Mais uma oportunidade perdida!

Sobre António Serrano

Deixar um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Comment moderation is enabled. Your comment may take some time to appear.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.