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Teimosia ou convicção?

A memória coletiva parece estar adormecida quando falamos do anterior governo e as constantes negações da inevitabilidade de um pedido de ajuda internacional. O tempo passa e o povo esquece uma hesitação que hoje nos colocaria numa situação, talvez, menos austera. Mudam-se os tempos, mudam-se os atores. O próximo orçamento de estado será dramático do ponto de vista social, acentuará as desigualdades, destruirá a classe média e agravará a recessão.
Nunca houve uma Portugal um consenso tão generalizado sobre os efeitos desastrosos que este documento terá na sociedade, em particular na classe média. Aniquila-se a esperança, não há uma nesga de preocupação com as políticas sociais. Não creio ser uma convicção de resolução de um problema estrutural de contas públicas. Trata-se de uma teimosia que incute um desalento coletivo, desmobiliza quem tem vontade de investir e destrói a réstia de um coletivo amargurado.
A equação é simples. A metáfora é lógica. Se a ordenha diária de uma vaca gerar cinco litros de leite, não significa que se no mesmo dia a ordenharmos dez vezes, obteremos cinquenta litros. A determinado momento das ordenhas a vaca ficará seca e entrará em colapso e não haverá qualquer tipo de extração de leite. Este estado de “ordenha tributária” deixa antever um cenário de incumprimento dos cidadãos para com os seus impostos. Chegará o momento a que o drama se apropriará das famílias e o expoente máximo da teimosia ficará evidente.
Não creio ser uma convicção. É óbvio que era preciso tomar medidas duras. É óbvio que a austeridade é inevitável. Governasse quem governasse.
Porém, ninguém está mandatado par aniquilar a esperança de um país. Ninguém pode destruir e hipotecar as esperanças de gerações. Esta falsa convicção, materializada numa teimosia sem precedentes, deixa antever o óbvio. Em uníssono, e de vários quadrantes, são várias a vozes que alertam para o fracasso de um documento que poderá ser um Tsunami social. Gostava de estar enganado!
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