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Mário Simões quer Alqueva a produzir pastagens

O deputado do PSD por Beja Mário Simões quer colocar Alqueva a fornecer água para a produção de forragens e verba para a alimentação animal. A proposta surge quando o Ministério da Agricultura está a negociar com Espanha e França o fornecimento de rações para animais.
O deputado diz que a proposta surge na sequência de encontros com dirigentes associativos e empresários agrícolas e que se destina a “permitir a produção de verde a curto prazo”.
“A proposta defende a produção de forragens e erva para alimentação dos animais, fazendo uso de pivôs de rega e da água disponibilizada pela EDIA através do sistema de rega de Alqueva. Assim, os agricultores que o pretendam e disponham de pivot de rega ou canhões de rega, fariam a sua utilização no regadio”.
Recordando que as condições climatéricas “revelam-se propícias” de forma a efectuar a “primeira colheita do primeiro pasto” já em Maio, o deputado adianta que a rentabilidade deste tipo de produção “poderia ser equivalente” às culturas de milho e girassol. “Com efeito, estas apresentam um rendimento entre os 2.000 e os 2.500 euros por hectare. A produção de erva garante um rendimento entre os 1.300 e os 1.400 euros. Contudo, se a EDIA disponibilizar água gratuitamente, acresceriam cerca de 500 euros por hectare, tornando a produção de erva fresca competitiva fase às culturas de milho e girassol”.
Outra medida que é proposta pelo deputado do PSD incide no financiamento que é facultado pela União Europeia para ser aplicado no desenvolvimento do mundo rural. “Dadas as circunstâncias e os pesados encargos que o sector agrícola está obrigado a suportar em mais um ciclo de seca, as verbas deste programa comunitário deveriam reverter, na situação concreta que se está a viver, para um fundo de garantia de seguros à produção”, defende.
Mário Simões defende ainda uma “efectiva flexibilidade” nos pagamentos dos encargos que os agricultores têm de suportar com a Segurança Social e com as finanças.
Neste momento e só no concelho de Serpa, centenas de agricultores, empresas agrícolas e agroindustriais estão a braços com situações de penhora, por incumprimento das suas obrigações que derivam da situação de crise profunda que grassa no sector agrícola.
A proposta do deputado social-democrata surge depois de a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) ter anunciado que vai disponibilizar água para abeberamento de gado e culturas fora das áreas já equipadas pelo Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.
“Esta decisão vem permitir o acesso à água de Alqueva, flexibilizando procedimentos e autorizando captações de água nas infraestruturas do Empreendimento sempre que técnica e ambientalmente possível”, refere fonte da empresa.
Segundo a EDIA, o agricultor que tenha necessidade de água para abeberamento de gado, poderá recolher essa água em qualquer albufeira do Empreendimento, canal ou boca de rega nos perímetros já instalados em pontos pré identificados pela EDIA.
Por este serviço a empresa não cobrará a água utilizada sendo da responsabilidade do agricultor o seu transporte. Recorde-se que o abeberamento de gado diretamente nas albufeiras está interdito por lei.
Por outro lado, para os agricultores que não estão servidos pelo sistema de mas que tenham necessidade de água para as suas culturas, a EDIA facilitará o seu acesso, licenciando captações diretas ou disponibilizando bocas de rega pré definidas nas zonas limítrofes dos blocos já equipados, aplicando-se o tarifário em vigor para cada caso.
“No caso das captações diretas, em albufeiras ou canais da Rede Primária do EFMA, o agricultor deverá instalar a respetiva bomba e contador”, acrescenta a mesma fonte, considerando que estas medidas se destinam a “contribuir para a minimização dos impactes que a seca está a produzir na Agricultura da região, respondendo às solicitações dos agricultores”.
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