Câmara aprovou moção em defesa da saúde pública

Por em 23 de Março de 2012

A Câmara Municipal de Évora aprovou, no período antes da ordem do dia, uma moção que expressa a preocupação pelas políticas levadas a cabo pelo governo na área da saúde pública e defende a continuação do Serviço de Urgência Polivalente do Hospital Espirito Santo de Évora.

A moção começa por apontar que “as políticas levadas a cabo pelo governo na área da saúde, com o seu cortejo de cortes cegos, de violação do princípio constitucional da universal e tendencial gratuitidade do serviço nacional de saúde, de encerramento de centros de saúde e dos constrangimentos à passagem de credenciais para o transporte de doentes não urgentes, estão a pôr em causa o Serviço Nacional de Saúde”.

Frisa também que “acresce a este conjunto de medidas de enorme insensibilidade social, a aplicação da chamada lei dos compromissos que ameaça paralisar o funcionamento de hospitais e centros de saúde”.

Especifica ainda que “na região de Évora a eventual eliminação da urgência polivalente no hospital do Espírito Santo, conjugada com os aumentos das taxas moderadoras, dos transportes de doentes, dos medicamentos e das dificuldades económicas dos doentes, numa região onde as reformas são muito baixas, vai ter consequências tremendas na vida das pessoas”.

Nesse sentido, “A Câmara Municipal de Évora reunida a 14 de Março de 2012, manifesta o seu profundo desacordo com as opções políticas seguidas e exige o respeito da Constituição da República e a garantia da existência de um serviço nacional de saúde que dê resposta às necessidades de todos independentemente da sua condição social, nível de rendimentos, idade ou área de residência”.

A moção, apresentada pelo Vereador Eduardo Luciano (CDU) e que recebeu os contributos do PS pela voz da Vereadora Cláudia Sousa Pereira, foi aprovada com os votos favoráveis da CDU e do PS e o voto contra do PSD, por considerar que a moção era de cariz político-partidário.

Na sua intervenção, o Vereador António Dieb (PSD) sublinhou a importância de sensibilizar os decisores políticos e manifestou a sua disponibilidade para colaborar na busca de esforços para ajudar nesta temática, expressando ainda algumas posições suas nesta matéria, como por exemplo a necessidade de racionalizar o SNS e a sua discordância quanto ao encerramento generalizado dos centros de saúde.

 

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