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Misericórdia de Évora com novo espaço para Pessoas Sem-Abrigo
Para fazer face ao aumento de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo no concelho de Évora, a Santa Casa da Misericórdia de Évora inaugurou o Espaço IN, em 15 de novembro. Situado no Complexo Ramalho Barahona, esta nova resposta social enquadrada pelo projeto InVisibilidade 2.0, recorre a estratégias locais inovadoras, tendo por finalidade o aumento da capacitação das abordagens locais de desenvolvimento social.
A operação – InVisibilidade 2.0 da Santa Casa, com implementação no concelho de Évora é financiada pelo Programa Alentejo 2030, e constituída por um consórcio que junta mais duas entidades de referência no concelho: a Associação Pão e Paz e o Centro Humanitário de Évora da Cruz Vermelha Portuguesa.
Esta operação visa a (re)integração plena das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (PSSA), “cujo número vem a aumentar diariamente na região, conforme dados conhecidos e constantemente transmitidos à opinião pública”, como refere a equipa técnica coordenadora do projeto InVisibilidade 2.0. Abrangendo o concelho de Évora, entre outras atividades, assegura uma equipa de rua que passa diariamente pelos locais de pernoita das pessoas em situação de sem abrigo, bem como desenvolve ações de combate ao estigma na comunidade.
Da mesma forma, garante um espaço de acolhimento diário, designado por “Drop In” onde as pessoas podem em situação de emergência “fazer uma refeição, cuidar da sua higiene pessoal, receber cuidados ao nível da saúde e participar em ações de capacitação para a promoção da sua autonomia”, refere ainda em comunicado.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Évora, Francisco Lopes Figueira espera muitos resultados em termos não só de apoio direto de urgência e de acolhimento às pessoas em situação de sem abrigo, mas igualmente em termos da sua reintegração e reabilitação, salientando desta forma as funcionalidades de emergência do espaço IN inaugurado. O que “não é mais do que a Santa Casa da Misericórdia pretende fazer no âmbito da sua missão diária desde há muito tempo”, acrescentou Francisco Lopes Figueira.
Luis Gamito, coordenador do projeto adiantou que “de há 2 anos para cá houve muita mudança das pessoas sem abrigo”. Antes verificava-se que se tratava de pessoas típicas da cidade, porém agora são não só as que vivem na rua, mas também “as pessoas sem capacidade de pagar uma renda”, e a viver “em carros, e em caravanas”, descreveu. Embora projeto seja extensivo ao concelho “o que se verifica é que a maior parte das situações está concentrada na cidade de Évora”. Atualmente, têm “100 pessoas já sinalizadas num projeto a abranger perto de 200 pessoas ao longo de todo o projeto, e com 30 em monitorização “quase diária”, indicou.
Para Henrique Sim-Sim, atual vereador do município de Évora, sem pelouros atribuídos, este é um espaço muito importante, “mas não dá resposta a tudo”. Embora tratando-se de um equipamento para o apoio e acolhimento de urgência a pessoas em situação de sem abrigo, “continuamos a querer que o centro de acolhimento temporário que o município está a desenvolver se concretize”, sublinha. Este centro de acolhimento do lar dos Espinheiro é um investimento, entretanto já anunciado pelo município como um projeto aprovado com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (resultante de uma parceria estabelecida entre a autarquia e a Santa Casa da Misericórdia de Évora (SCME) e cuja candidatura ao PRR já foi aprovada).
Henrique Joaquim, responsável da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA), destacou que a base da operação em Évora “há-de ser o foco de desenvolvimento dos outros”, destacando que o segundo programa de verbas obteve financiamento para este segundo de forma mais ágil e justificada porque foi valorizada tanto a avaliação do primeiro como também a rede de parcerias, considerou. O caminho faz-se caminhando, ainda segundo o responsável da ENIPSSA, quando “e infelizmente, há pessoas que precisam”, acrescentando que existindo já as equipas de rua, Évora “ganha agora um espaço com dignidade”. Na altura, lembrou o facto de uma associação ter conseguido dar início a um processo de “apartamento partilhado”, modelo defendido pela estrutura de Estratégia Nacional, ou seja, de “pequenas unidades onde as pessoas possam começar a ser acolhidas num contexto habitacional”, concluiu.
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