Produção de vinho com quebra de 25%

Por em 26 de Outubro de 2011

Condições climatérias adversas conduzem a acentuadas quebras na produção de vinho.

As previsões agrícolas, a 30 de Setembro, apontam para uma quebra significativa na produção vinícola deste ano, que deverá quedar-se pelos 5,2 milhões de hectolitros, menos 25% do que na campanha de 2010.
Os intensos ataques das principais doenças que afectam as vinhas (mídio, oídio e, em alguns casos, black-rot), potenciados por condições climatérias adversas, conduziram a quebras de produção em quase todas as regiões vitivinícolas, “sem comprometerem a qualidade dos vinhos produzidos”, diz fonte do Instituto Nacional de Estatística (INE).
“A menor concentração de cachos na videira permite obter maior concentração e qualidade do vinho”, diz a presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Alentejo (CVRA), Dora Simões, garantindo que o decréscimo de produção “não irá afectar muito negativamente” a região.
Já no Douro, a quebra de produção deverá rondar os 20% face às vindímas de 2010, ano de elevada produção.
O INE  avança que também a produção de tomate para indústria recuará em comparação como ano passado, sendo o decréscimo estimado em cerca de 10%. Neste momento a colheita está praticamente concluída, estimando-se uma produtividade de 1,2 toneladas por hectare, a mais baixa dos últimos cinco anos.
Pelo contrário, no milho de regadio a persistência do tempo quente e seco durante as primeiras três semanas de Outubro contribuiu favoravelmente para a redução da humidade do grão para valores próximos dos ideais para colheita. As condições meteorológicas aliadas às disponibilidades hídricas favoreceram o desenvolvimento da cultura esperando-se uma produtividade de 8,2 toneladas por hectare, mais 10% do que em 2010 e uma das maiores de sempre.
A produção de cereais bateu um recorde negativo, não indo além das 180 mil toneladas.
No olival, a ausência de chuva estava a preocupar muitos agricultores, tendo o presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre, António Bonito, chegado a admitir que sem chuva “o que poderia ser um ano excepcional de azeitona com bom azeite vai transformar-se num ano péssimo”.

IVA a 13% para “dar músculo”

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, diz que os vinhos “podem contribuir muito” para Portugal sair da crise, afirmando que a manutenção do IVA a 13% é uma medida “fundamental para dar músculo às empresas” que exportam 30% da sua produção”.
De acordo com a governante, “a economia portuguesa pode crescer centrada nas exportações, virando-se para fora” e o sector dos vinhos está “no centro dessa estratégia”.
Os vinhos nacionais estão a penetrar em cada vez mais mercados internacionais, destacou Assunção Cristas, que afirmou que este produto é reconhecido como tendo “excelente qualidade”.

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