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Secas, Cheias, Qualidade da Água e Ambiente – Rios Temporários em Conferência Internacional

A Conferência Internacional TEMPRIV 2012, dedicada à Eco-Hidrologia e Qualidade Ecológica de Rios Temporários, irá realizar-se na Universidade de Évora nos próximos dias 12 a 14 de setembro. Realiza-se pela primeira vez em Portugal, e contará com a presença dos melhores investigadores sobre o tema a nível internacional; serão apresentados mais de 50 trabalhos realizados na Europa, EUA e Austrália.
As ribeiras em que a água quase desaparece durante o verão são muito frequentes no nosso país. Não são motivo de grande preocupação para quem vive nas cidades, mas nas zonas rurais, em que a água dos ribeiros é essencial para regar os campos ou dar de beber aos animais, a renovação dos caudais na época das chuvas é aguardada com expectativa.
O que talvez não saiba é que, nas regiões de clima mediterrânico (como o centro e sul de Portugal), para além de fornecerem água a nível local os rios temporários são fundamentais para a “saúde” de toda a rede de água pois são as principais fontes de abastecimento dos grandes rios.
Com as primeiras chuvas, a água dos ribeiros temporários virá suja e turva, transportando tudo aquilo que se acumulou durante o período seco. Só depois de algum tempo, se a quantidade de água for suficiente para arrastar a poluição e os detritos acumulados, voltará a correr limpa e transparente.
No contexto atual de alterações climáticas e crescimento populacional, este cenário poderá ser cada vez mais difícil de atingir. É previsível que o número de rios temporários aumente, assim como a pressão sobre estes cursos de água que tornará cada vez mais difícil a sua recuperação.
Por um lado, prevê-se que o crescimento da população aumente utilização de água e a sua poluição (resultantes da agricultura, indústria, urbanização e desflorestação); por outro lado, as condições meteorológicas mais extremas resultantes das alterações climáticas, poderão agravar as variações dos rios temporários ao longo do ano ou mesmo de vários anos. Nestas condições a recuperação destes cursos de água poderá ser mais difícil, com graves consequências para as populações humanas e para o ambiente (cheias ou secas extremas; diminuição da quantidade e qualidade da água disponível; degradação ambiental e diminuição da biodiversidade).
No contexto das atuais alterações globais (climáticas, demográficas e paisagísticas) e no âmbito da Diretiva Quadro da Água, o conhecimento aprofundado da ecologia, estrutura e funcionamento dos rios temporários é essencial para uma boa gestão e conservação da água, recurso essencial para a sobrevivência da vida na Terra – estes são os temas que estarão em debate nos próximos dias na Conferência Internacional TEMPRIV 2012.
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